domingo, 9 de fevereiro de 2014

Quinta do Viso ou de S. Gens

Quinta do Viso – ou Quinta de S. Gens- Senhora da Hora, Matosinhos 
 






 
Quinta de São Gens - de propriedade privada a sede de serviço público; a
Quinta de São Gens parece ser uma das que andaram ligadas durante séculos ao morgadio instituído em Ramalde, um pouco antes de 1542, por João Dias Leite. Até à data da intervenção de Nasoni nas quintas de Ramalde de São Gens, o morgadio de Ramalde foi administrado sucessivamente pelo fundador e por seus descendentes. Terá sido durante a administração de D. Maria Leite (falecida em 1738), ou de seus filhos, que nas Quintas de Ramalde e de São Gens se realizaram as obras credivelmente delineadas por Nasoni, sendo notável a similitude entre ambas as casas.
Num percurso ainda residencial, na década de 1920, a Quinta de São Gens foi vendida a um brasileiro, o qual executou na casa diversas obras de remodelação, depois desta ter sido alvo de um incêndio; em 1928, a Quinta foi adquirida pelo Estado para nela instalar a Estação Agrária do Douro Litoral, sendo hoje uma das quintas de apoio à acção da Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho.

A Quinta de São Gens no quadro das quintas do espaço suburbano portuense:
a Quinta de São Gens integra um conjunto de quintas do termo da cidade do Porto cujo arranjo e enobrecimento é atribuído a Nicolau Nasoni.


Conforme se afirmou anteriormente consta que, na década de 1920, a casa sofreu um incêndio, vindo a ser remodelada, ao que parece, pelo brasileiro que a comprou aos antigos proprietários; terá sido então que lhe foi acrescentado um prolongamento para o lado N. E que se ampliou o pátio para o mesmo lado, suprimindo as escadas exteriores e ajardinando o terreiro fronteiro, com canteiros abiscoutados, plantados de palmeiras e arbustos, em obediência ao gosto então expandido entre nós por numerosos emigrantes enriquecidos no Brasil, podendo-se levantar a hipótese de ter sido nessa altura que se realizou a transferência das estátuas, tanque a bancos atribuídos a Nasoni. Na década de 1930, o ajardinamento do pátio foi, de novo, remodelado, sob a orientação do Engº Ruela e plantado com fruteiras; finalmente, já em fins da década de 1980, sob a orientação do Arqtº Ilídio de Araújo, foi realizado novo arranjo do jardim.
(Elvira Rebelo- IGESPAR)

 

1 comentário:

  1. Apesar de não ser grande apreciadora, as melhores peras que comi na minha vida, foram as da Quinta de S. Gens, andei algumas vezes lá dentro, nos tempos dos caseiros, anos setenta.

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