segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Edificio da Câmara Municipal do Porto - Sala das Sessões


Sala das Sessões

Sala onde se realizam as sessões do executivo e as Assembleias Municipais.

Está decorada com três enormes tapeçarias, elaboradas nas oficinas de Portalegre na década de cinquenta, com desenhos do Mestre Guilherme Camarinha (Guilherme Duarte Camarinha nasceu em Valadares, Vila Nova de Gaia, a 1 de Novembro de 1912, sendo registado em Gulpilhares a 28 de Abril de 1913. Era filho de Joaquim Francisco Camarinha e de Maria da Silva Duarte. Para diversas câmaras municipais portuguesas concebeu cartões para tapeçarias que iriam embelezar os respectivos salões nobres, de que são exemplo: para a Câmara Municipal do Porto, Honra e Glória, em 1958, Actividades no Porto junto ao Rio e S. João do Porto, em 1962).

A tapeçaria central designa-se por “Hino em Louvor, Honra e Glória da Cidade do Porto”, na qual descreve a história da cidade desde a reconquista do burgo por Vímara Peres (868), passando pela doação de toda a carne aos marinheiros que iam partir para Ceuta, ficando só com as tripas, daí os portuenses passarem a ser desde aí conhecidos como “os tripeiros” (o que muitos nos honra, devo dizer). No canto superior direito destacam-se três figuras importantes: Almeida Garrett, Soares dos Reis e João de Almada e Melo (mas quanto a mim poderiam ser outros também ali representados, não esqueço Camilo, que era tão portuense que o seu nascimento em Lisboa apenas terá sido um acaso, pois é o protótipo do pensar e estar portuense). Esta tapeçaria teve início em 1955 e foi concluída em 1958, elaborada com oito milhões de pontos de lã, tantos como o número de portugueses a residir em Portugal à época.
 







 
A segunda tapeçaria chama-se “Faina do Douro”, representa todos os aspectos necessários à feitura do Vinho do Porto, destacando-se a parelha de bois que transportavam os barris até aos barcos rabelos. Destaca-se o Mosteiro da Serra do Pilar e a Sé do Porto que representa as duas cidades que têm o seu nome ligado ao Vinho do Porto.
 
 

A terceira tapeçaria designa-se de “S. João”, retratando a festa mais emblemática da cidade, caracterizada pelas fogueiras, alho-porro, manjericos e balões. Evoca o baptismo de Cristo, pelo seu primo (S. João Baptista) nas margens do rio Jordão.

Esta tapeçaria reúne assim os elementos pagãos e religiosos.

O dia 24 de Junho, dia em que se celebra a morte de S. João Baptista, o povo portuense sai à rua para em arraiais populares celebrizar este santo, tendo até escolhido essa data para seu feriado municipal.

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